Para que uma estratégia de vendas seja considerada uma pirâmide financeira é necessário que a principal forma de entrada de capital (para pagar os atuais colaboradores) seja feita a partir de novos entrantes (isto é, novos colaboradores). Assim, os colaboradores já participantes precisam recrutar novos colaboradores a fim de ganhar dinheiro.
Claro, pirâmides financeiras não focam na venda de produtos ou serviços, então se há a venda de um produto ou serviço então a mesma não pode ser caracterizada como pirâmide financeira, não é mesmo? Bem, nem tanto. Não basta que seus colaboradores possam também faturar por meio da venda de produto - tal processo deve se mostrar sustentável, isto é, a empresa precisa formar uma base de consumidores suficiente para garantir o pagamento dos colaboradores. E isso, claro, só é conseguido quando há um produto ou serviço de grande qualidade a ser oferecido e os preços em torno dos mesmos são atrativos.
Assim, muitas empresas criaram vários planos de colaboração para suposta venda de produtos e recrutamento de novos colaboradores, mas a grande parte da renda gerada não provinha da venda de produtos, e sim do processo de recrutamento, o que demonstrava no mínimo grande fragilidade no modelo de negócio - e, no pior caso, a formação de pirâmides financeiras.
Antes de aderir a um plano de colaboração ou recrutamento de qualquer empresa, é bom estar esperto e analisar bem se o negócio é realmente sustentável, se há realmente interesse no produto. E se você precisa pagar uma boa quantia, seja ela um único pagamento, anual ou mensal, para participar, é melhor desconfiar. Essa é a forma como muitas das tais pirâmides financeiras operam.